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domingo, 14 de fevereiro de 2016

Carol

Entrei no meu dia de anos a ver o filme Carol, com uma enigmática Cate Blanchet. Acabou o filme e deixei-me ficar ali a remoer a história que é de duas mulheres que se encontram e se amam, mas podia ser de dois homens ou de uma mulher e um homem. É isto, o amor é o mesmo, na sua intensidade, no ciúme, no tremor, nas borboletas, na raiva, nos componentes normais que as relações costumam possuir. E sendo igual, questionamo-nos o porque de tão relutantemente ser difícil aceitarmos que dois homens ou duas mulheres se amem. porque é que achamos que o nosso amor é que é o certo? Pior, porque é que achamos que há amor certo e errado? 
Às vezes, perguntam-me: dizes isso, mas não preferias que a tua filha arranjasse um homem em vez de uma mulher? E a verdade é que me é completamente indiferente. Receio o que a sociedade ainda faz sofrer a quem ama de outra forma, mas é-me indiferente. Quero-a feliz. Apenas isso, feliz, até porque, aos 44 anos, sei bem o peso que a infelicidade pode trazer. Um peso que nos faz derrear. 
Carol é um belíssimo filme porque conta de uma forma singela que o amor, se for com respeito, é do mais belo que pode acontecer a dois seres. 
O resto, o resto é apenas a sociedade a estragar o que a natureza fez de forma perfeita.

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