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segunda-feira, 21 de março de 2016

sedentarismo


A dada altura do meu domingo, quando meti o nariz no Facebook, quase, quase que me senti mal. Todos correm. São as maratonas. A meia maratona. A mini. A maratona de Barcelona. A de nova Iorque. A de Lisboa. Os trail. As corridas noturnas. Diurnas. No paredão. No Jamor. No guincho. Todos têm a aplicação da Nike que mostra o que fizeram e a que tempo. E os ténis novos. No meu tempo metia-se uma t-shirt oferecida aquando da abertura de conta na Caixa de Credito Agrícola e umas calças quaisquer e lá se ia, estrada fora. Agora nem pensar. Aquilo deve ser desde os tops de último grito, as calças ou calções da adidas, ou Nike ou algo equivalente.

Há um mundo lá fora e eu no sofá a engolir um livro de Rubem Fonseca. Ainda pensei em levantar-me e fazer alguma coisa que me obrigasse a mexer. Mas o Mandrake (a maravilhosa personagem de A Grande Arte) não permite que o largue. É dele a culpa do meu sedentarismo. 

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