Tenho um certo fascínio por louças de outrora. Isso justifica ter copos desirmanados, pratos sem par, jarras sem copos... Também tenho fascínio por livros de alfarrabista. Quando era uma estudante a contar os trocos no bolso ( agora só mudou a parte da função, o estado dos bolsos mantém-se) adquiri o gosto de comprar livros que tinham duas histórias: a que contavam e a que já viveram. Um dia comprei um livro de stefan zweig que tinha uma dedicatória. Numa letra antiga e cuidada, ela não lhe falava do seu amor mas desamor. E eu voei tanto com a dedicatória como com o livro. Voltando aos copos, hoje comprei jarras e copos da Secla. A senhora a quem comprei contou-me do pai, taberneiro e da mãe cozinheira de petiscos. Estas peças só podiam vir parar a minha casa.
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