Acabei o livro M Train de Patti
Smith há duas semanas e ainda não consegui recuperar. Tentei que durasse muito,
tentei ler devagar, tentei que o fim chegasse mais tarde, mas acaba. Tudo acaba
sempre e agora sinto-me perdida nas páginas de outros livros que entretanto tentei pegar.
Mr Train não é um livro fofinho,
ou sequer um romance e menos ainda um livro com uma história espetacular e, no
entanto, não sendo nada disso, é, por outro lado, um livro maior. Patti fala dos
seus dias, das suas horas, vasculha na cabeça memórias de outrora, do marido entretanto
falecido, dos filhos, dos cafés, dos poetas que tanto gosta de dias cheios de
nada e cheios de tudo.
Ela consegue falar de forma
excecional de coisa nenhuma e é impossível, no fim, não se ficar órfã. Como eu estou
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