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terça-feira, 23 de agosto de 2011

Siza Vieira

A entrevista correu bem. Ou melhor, correu embora eu quisesse que a conversa tivesse fluido de outra forma, mas para se dançar é preciso duas pessoas e creio que ele não estava com vontade de dançar comigo. Voltando ao inicio, eu gostei muito dele (já gostava) creio que ele não gostou assim tanto de mim (acontece). Foi amor de um só lado. Mas conseguimos viajar pelos assuntos, de par em par, como o casario da Foz do Porto. Conseguimos falar dele e entrar um pouco na sua vida. E consegui arrancar um pequeno e tímido sorriso deste homem que parece um pouco amargo. Mas não é. Apenas um exemplar humano daquele tipo de pessoas (e conheço uma) que parece que encerra toda a tristeza do mundo, mas depois, vai-se a ver, e desabrocha num humor que me apraz assistir.
E se a arquitectura tem como função o devaneio, o meu é conseguir entrevistar mais malta assim. Mesmo quando não me sinto satisfeita o resultado é francamente melhor que o melhor dos outros entrevistados.
Agora vou ver se consigo ter férias... já agora.

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