Hoje foi dia de ir buscar os meus óculos lindos e
maravilhosos (estou a tentar convencer-me). E a verdade é que embora pareça uma
professora primária comunista, com eles sinto que deito os meus olhos numa cama
macia e fofa quando os coloco. Fica tudo muito nítido à minha frente. E agora
não sei como pude andar tanto tempo sem eles. Foi preciso o meu oftalmologista
berrar comigo; a E chamar-me nomes; o N dizer que sou uma anormal e voilá!,
vejo tudo, tudo e tudo. O que se calhar nem é lá muito bom, pois que o mundo
não está uma coisa propriamente bonita de se ver. Mas como nunca gostei de
andar iludida, toca a observar o que me rodeia.
Os meus lindos óculos. Sérios como uma mulher de 40 deve aparentar ser.
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