Não sei como é com vocês, mas eu, quando estou quase de
férias é que stresso, ando a mil, a correr, sem parar, e tudo parece não
desenvolver. Há quem diga que, uma semana antes, já está em ‘modo de férias’,
eu, uma semana antes estou em ‘modo cansada’. Quero deixar tudo feito. Tudo
pronto. Textos feitos e editados. Fotografias tiradas. Páginas planeadas, mas,
nem os textos me saem bem, nem as fotos chegam, nem as páginas se constroem. Um
stress. Qualquer coisa que me coloca com um feitio de cão. Insuportável. Feia e
má. E depois canso-me a mim mesma. Desgasto o meu próprio cérebro e, a verdade
verdadinha é que não sei viver as semanas que antecedem as férias. E como tal
devia de ser enclausurada. Presa. Colocada na solitária e só ser libertada no
dia das férias. Isso sim. Isso era trabalho bem feito. E para verem como estou insana,
cheguei a casa e tive vontade de ir correr. Correr. Eu tive vontade de ir
correr. E essa vontade é-me tão estranha como ter vontade de arrancar as unhas
dos pés a sangue frio. A culpa nem é minha, é da minha amiga E. que hoje veio
com a história que ontem foi correr e
que lhe fez bem. Que se libertou. Que se sentiu mais leve. E eu, talvez por
osmose, senti vontade de também sair de casa, de ténis nos pés e desatar a correr.
Isto prova que não estou bem e que o dia das férias devia chegar o quanto
antes. E até lá vou-me sentar e esperar que a vontade de correr passe.
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