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terça-feira, 24 de julho de 2012

quando a vontade de correr vem, sento-me a ver se passa


Não sei como é com vocês, mas eu, quando estou quase de férias é que stresso, ando a mil, a correr, sem parar, e tudo parece não desenvolver. Há quem diga que, uma semana antes, já está em ‘modo de férias’, eu, uma semana antes estou em ‘modo cansada’. Quero deixar tudo feito. Tudo pronto. Textos feitos e editados. Fotografias tiradas. Páginas planeadas, mas, nem os textos me saem bem, nem as fotos chegam, nem as páginas se constroem. Um stress. Qualquer coisa que me coloca com um feitio de cão. Insuportável. Feia e má. E depois canso-me a mim mesma. Desgasto o meu próprio cérebro e, a verdade verdadinha é que não sei viver as semanas que antecedem as férias. E como tal devia de ser enclausurada. Presa. Colocada na solitária e só ser libertada no dia das férias. Isso sim. Isso era trabalho bem feito. E para verem como estou insana, cheguei a casa e tive vontade de ir correr. Correr. Eu tive vontade de ir correr. E essa vontade é-me tão estranha como ter vontade de arrancar as unhas dos pés a sangue frio. A culpa nem é minha, é da minha amiga E. que hoje veio com a  história que ontem foi correr e que lhe fez bem. Que se libertou. Que se sentiu mais leve. E eu, talvez por osmose, senti vontade de também sair de casa, de ténis nos pés e desatar a correr. Isto prova que não estou bem e que o dia das férias devia chegar o quanto antes. E até lá vou-me sentar e esperar que a vontade de correr passe.  

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