Páginas

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A Madeira, o referendo e o fim do casamento


Tenho uma amiga que se queixava amiúde que, sempre que uma discussão com o então marido azedava ele, independentemente do assunto que os divergia, arrematava: isto assim não vai durar muito tempo! Ou seja, a ameaça de a deixar quando ela não concordava com ele, saia da boca dele com uma facilidade que a assustava. Ela, que o amava perdidamente, chegada a essa ameaça, calava-se e ele levava a melhor. Sentia, sempre, que a relação estava presa por um fio muito ténue. Vivia com receio de ele sair porta fora. Até ao dia em que ele voltou a dizer-lhe que assim aquilo iria acabar enquanto o diabo esfrega um olho e ela, certamente com o diabo no corpo, abriu-lhe a porta e meteu-o lá fora a arejar a mona. Acabou o casamento com ele a suplicar-lhe para voltar e ela fartinha daquele choramingas. E esta história veio-me à memória por causa do choramingas e do sempre-ameaçador Alberto João Jardim. Agora vem com aquela ideia fantástica de um referendo na Madeira. Primeiro alguém devia dizer ao senhor que a Madeira a ser um dia declarada independente, não seria com um referendo aos Madeirenses. E a ser com um referendo, se calhar, o senhor esquece-se que seria a Portugal inteirinho. Depois, esquece-se que o resultado desse referendo poderia deixá-lo estupefacto de tristeza. Mas essa história de estar sempre com ameaças, a fazer que faz, a fazer beicinho, para além de parecer um xoninhas, um tipo malcasado e infeliz, faz-me desejar que um dia, alguém com tomates e que mande nesta merda toda, o ponha a jeito: ah quer um referendo? Então vamos a isso. Ah quer ser independente? Muito bem, tentem lá ser independentes por meio ano a ver se consegue governar melhor do que o fez nos últimos anos… alguém que não ceda às chantagens psicológicas do senhor que mais parece um menino mimado a ameaçar que não dá o chupa se não o deixarem ir brincar. E chega-se a uma idade que era importante que estes meninos mimados crescessem. Era bom… acima de tudo era bom para os madeirenses.

Sem comentários:

Enviar um comentário