Às vezes precisamos deixar os
amigos irem, como se deixa ir um filho para fora estudar, ou trabalhar, ou como
se deixa voar um pombo. Às vezes temos de perceber que aquele amigo, mesmo
sendo amigo, não nos faz bem, ou nós não lhe fazemos bem. Ou não nos fazemos
bem mutuamente e temos de partir. Colocar um ponto final. Continuar a sentir
que desejamos o melhor para ele, desejar que a vida lhe sorria, desejar que
construa a sua vivência de forma plena, mas perceber que houve uma bifurcação e
que tomamos caminhos opostos e manter o trajeto é insistir num erro, ou
permitir que insistam no erro. Não é culpa de ninguém. Ou é culpa de ambos. Ou
ainda culpa de sentimentos distintos, gostos opostos, formas de estar contraditórias.
Da mesma forma que por vezes alguém entra na nossa vida, no nosso mundo, também
alguém pode sair sem que tenha de haver mentiras, ódios, falsidades, zangas.
Apenas ir, como vi a ir, enrolada na areia, uma concha rosa que queria ter
apanhado e não consegui.
Um beijinho grande, grande.
ResponderEliminarA vida muda-nos e seria uma tolice tentarmos agarrar com unhas e dentes o que já mudou e o que já se perdeu.
Depois, há que ficar com o que permanece sempre e com o que chega. :=)
não podia concordar mais contigo. É que às vezes há relações de amizade onde se vive o passado com receio de se enfrentar o presente.Como se fosse pecado capital desligar, deslargar, soltar, ir e deixar ir.
ResponderEliminarBeijinhos querida
Sim...e sem sentimento de culpa...esse é o desafio.
ResponderEliminarMuitos beijinhos