De repente ela diz ‘amo-te’ com
uma voz sumida. E, de repente, ela sabe que aquela palavra é grande. Enorme. E
que cabe na boca de poucos. De repente ela sabe que quando eu digo ‘amo-te’
mereço aquele toque da mão dela no meu rosto. E eu fecho os olhos à sua
passagem.
De repente, depois de tantos ‘amo-te’
direcionados à minha filha, ela olha-me e diz ‘amo-te mamãe’. E esse som aquece
os meus dias e não se descola de mim e coloca-me este sorriso parvo na boca o dia todo. Todo o dia. O dia todo e o som na minha cabeça com que ela me brindou.
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