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segunda-feira, 17 de junho de 2013

a origem do meu sorriso


De repente ela diz ‘amo-te’ com uma voz sumida. E, de repente, ela sabe que aquela palavra é grande. Enorme. E que cabe na boca de poucos. De repente ela sabe que quando eu digo ‘amo-te’ mereço aquele toque da mão dela no meu rosto. E eu fecho os olhos à sua passagem.

De repente, depois de tantos ‘amo-te’ direcionados à minha filha, ela olha-me e diz ‘amo-te mamãe’. E esse som aquece os meus dias e não se descola de mim e coloca-me este sorriso parvo na boca o dia todo. Todo o dia. O dia todo e o som na minha cabeça com que ela me brindou.

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