Ontem, com duas amigas, falávamos
das conversas que não se teve. Falamos de pessoas e situações que ficaram por
encerrar. Falamos daquelas pontas soltas que se deixaram para trás. E que é
importante fechar ciclos. Não sei se há quem tenha tido a capacidade de, ao
longo da vida, ter todas as conversas que deveria ter tido, de encerrar no fim de
cada emoção o que deveria ser encerrado… se há, eu não sou uma delas. Tenho
várias conversas que ficaram por se ter. Tenho vários pontos finais que fiquei
por colocar. No entanto, segui em frente. Para mim, em algumas situações, foi
preferível não ter essas conversas, ficar ali, no limbo até que esmoreceu e
morreu. Noutras situações nada morreu, continua tudo em tumulto cá dentro, mas
sinto que não era uma conversa que iria ajudar a nada. E não pensem que não sou
uma pessoa frontal, que sou, simplesmente acho que há conversas que não devem
de existir, da mesma forma que há pontos finais que nasceram com um problema de
identidade e mais não são do que meras e simpáticas reticências. Simplesmente
sou daquelas que nem sempre acha que fugir da guerra seja cobardia, muitas
vezes é um amor declarado e gigante pela vida.
Ainda no outro dia estava a falar com uma amiga sobre as pessoas que nos devem pedidos de desculpa. É difícil assumir que elas existem e, para mim, ainda mais difícil deixá-las para trás, que gosto de ter tudo bem resolvido.
ResponderEliminarGostei muito destas suas palavras... Aqueceram-me a alma!
a questão é: se elas pedisses desculpas, ficava tudo resolvido, ou a magoa ficava amarrada ao coração? :) às vezes é melhor deixar para trás o que faz parte do passado
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