Páginas

segunda-feira, 3 de março de 2014

dos meus dias grandes e bons


 
Não me lembro de dois dias tão frutuosos em termos de trabalho. A esses dois que passaram junto mais estes dois que hoje começam. Preciso fechar um projeto e ainda não estou satisfeita com ele. Vim para o campo. Aqui tenho mais horas. Aqui uma hora vale duas ou três. Tudo tem outro compasso. Não seria capaz de viver sempre aqui, mas também não seria capaz de levar a cabo alguns projetos na agitação da cidade. É sempre assim a minha vida: no meio da ponte como o tolo. Quando saí de trás os montes e fui para lisboa estudar, nem sabia onde gostava mais de estar se na santa aldeia, se em lisboa. Andava sempre de um lado para o outro. Depois fui para Oeiras que me cai que nem uma luva. Cai-me bem por estar perto de toda a agitação que gosto, e a calmaria é, também, uma constante. Mas quando preciso de escrever, por lá tudo me apela aos sentidos: cinema, café com amigas, jantares… e tenho de fugir para Tomar, mais precisamente uma aldeia perto da cidade dos templários.  Aqui sim, consigo escrever, ler e reler sem que nada interfira. É aqui que estou. Eu, no meio de laranjeiras carregadas de gordas bolas laranjas, sardinheiras e uma bela roseira (por acaso não é roseira mas estou há cinco minutos a olhar para ela e não me discorre o nome), lembrei, camélia, uma linda camélia.

Por aqui vou continuar até amanhã. (soube agora que o filme Gravidade ganhou sete óscares. Algo se passa na academia dos óscares, cegueira, insanidade, demência, qualquer coisa por aí)

2 comentários:

  1. Oeiras é mágica, verdade. mas dois ou três dias em sossego fazem maravilhas à alma (pelos vistos ao trabalho também). :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. foi mais ao trabalho que à alma, mas se o trabalho estiver bem, a alma acompanha :)

      Eliminar