Na
passada quinta, dia 27 se preferirem os números, fui, pela primeira vez, ao Grant's True Tails, no maravilhoso São Jorge.
Nem sabia bem ao que ia. Bastava-me saber que uma serie de pessoas conhecidas
da grande praça iam contar uma história pessoal. Eu pelo-me por uma boa
história. E lá fui, com as melhores amigas do mundo. Começou pelo Ivo Canelas,
num jeito de contar, de falar, de andar no palco de um lado para o outro que,
assim, logo à primeira, me calou, me amarrou na cadeira para nem me mexer um
segundo, de tão atenta que estava à sua forma de se desnudar. Depois voltei a
ficar esmagada com David Fonseca. Sei lá, acho que se fosse possível, se lhe
desse na real gana, ainda hoje, passados três dias, me encontraria lá, a
ouvi-lo. A importância de um dedo… ou a sabedoria de se saber contar de que é
feito os episódios de uma vida bem vivida. Queria mais, muito mais e ele foi, a
par do Ivo, o momento alto da noite. Finalizou com José Pedro Vasconcelos, numa
cadências de histórias vividas na primeira pessoa e que acabou com uma belíssima
declaração de amor às filhas e à mulher. Aquela noite foi, para mim, mais do
que simplesmente ouvir histórias: relembrou-me porque começara, há mil anos, a
escrever. Escrevo para que um dia consiga contar uma história assim, como eles
contaram, de forma sublime e de forma que ao falar, todos os que me lerem, se
calem de espanto, como eu me calei ali. Relembrei porque faço o que faço. Às
vezes esqueço-me qual o meu caminho. Vale a pena relembrar. Relembrei.
As melhores amigas do Universo são a Eduarda, ainda sem blog mas a preparar-se para ter um; a Marta Moncacha do maravilhoso Dolce Far Niente e a minha querida Ana Almeida do hilariante Pedagogia do Terror |
E a nossa história já é tão boa!
ResponderEliminaroh minha amiga, se é, mas e conta-la? Como conta-la sem ficar aquém?
EliminarQueria tanto ter ido convosco :)
ResponderEliminare devias ter ido connosco:)
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