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domingo, 2 de março de 2014

Grant's true Tails


Na passada quinta, dia 27 se preferirem os números, fui, pela primeira vez, ao  Grant's True Tails, no maravilhoso São Jorge. Nem sabia bem ao que ia. Bastava-me saber que uma serie de pessoas conhecidas da grande praça iam contar uma história pessoal. Eu pelo-me por uma boa história. E lá fui, com as melhores amigas do mundo. Começou pelo Ivo Canelas, num jeito de contar, de falar, de andar no palco de um lado para o outro que, assim, logo à primeira, me calou, me amarrou na cadeira para nem me mexer um segundo, de tão atenta que estava à sua forma de se desnudar. Depois voltei a ficar esmagada com David Fonseca. Sei lá, acho que se fosse possível, se lhe desse na real gana, ainda hoje, passados três dias, me encontraria lá, a ouvi-lo. A importância de um dedo… ou a sabedoria de se saber contar de que é feito os episódios de uma vida bem vivida. Queria mais, muito mais e ele foi, a par do Ivo, o momento alto da noite. Finalizou com José Pedro Vasconcelos, numa cadências de histórias vividas na primeira pessoa e que acabou com uma belíssima declaração de amor às filhas e à mulher. Aquela noite foi, para mim, mais do que simplesmente ouvir histórias: relembrou-me porque começara, há mil anos, a escrever. Escrevo para que um dia consiga contar uma história assim, como eles contaram, de forma sublime e de forma que ao falar, todos os que me lerem, se calem de espanto, como eu me calei ali. Relembrei porque faço o que faço. Às vezes esqueço-me qual o meu caminho. Vale a pena relembrar. Relembrei.

As melhores amigas do Universo são a Eduarda, ainda sem blog mas a preparar-se para ter um; a Marta Moncacha do maravilhoso Dolce Far Niente e  a minha querida Ana Almeida do hilariante Pedagogia do Terror

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