Há um livro que é o meu livro
de sempre, mesmo que hoje, se o relesse, sentisse que não teria o impacto que
teve da primeira vez que me deparei com ele. É como a musica, os sitios, as
pessoas - há uma mutação na vida que nos faz saltitar de livro em livro, ou de
musica em musica ou de sitios. Seria estranho, aos 40, sentir o que senti aos
16 com determinadas paginas. Em cima do lombo tenho amores e desamores, ilusões
e desilusões e uma visão da vida diferente (vejam, não escrevi ‘melhor’). E
certa desta normalidade, Loucura de Mário de Sá Carneiro continua a povoar
minha a cabeça, como de um moribundo a calcorrear o mundo em busca de paz
interior. E é por causa desse impacto que sofri aos 16 anos que hoje me recuso
a (re)ler. Como aquela esposa que sabe que o marido tem uma amante mas não quer
enfrentar essa realidade.
Continua a ser o livro da
minha vida. Hoje estive tentada, na
minha convalescência, a rele-lo, mas depois beijei a capa e depositei-o na
estante sem o reler. Nem sempre devemos mexer no passado.
li este livro á pouquissimO tempo... É loucurA
ResponderEliminarimagino quem te sugeriu:)
EliminarTomara eu ter lido este teu texto antes de me aventurar a fazer o mesmo e ler um livro do passado, o que mais mexeu comigo em todos os sentidos. Não o teria feito :)
ResponderEliminare já agora, qual foi o teu?
EliminarO meu foi o Lunário do Al Berto, um livro que me fez rir e chorar e arrepiar de maneiras nunca antes vividas, talvez por ter 14 anos e não perceber tanto das coisas que eram escritas. :)
EliminarO meu livro de sempre...
ResponderEliminarO nosso...:)
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