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domingo, 3 de agosto de 2014

Porque o passado existe e a memória nem sempre resiste ao tempo.


Tinha a minha filha há cerca de meio ano quando a susana bentes me aconselhou a fazer uma sessão anual em família tendo a minha filha em primeiro plano. Disse que se fizesse sempre na mesma altura do ano, ficávamos com a ideia de quanto ela evoluía. Recomendou-me o fotógrafo o Mané da Lightstudium e lá fomos, numa manhã cheios de sono para um jardim da capital. Ia sem expetativas e foi maravilhoso. Passado um ano fizemos a segunda sessão. Era abissal a evolução da miúda. Não que não víssemos a olho nu, mas quando pegamos nos álbuns é tão visível o crescimento que ficamos sempre um pouco espantados com a magia que é viver e ter uma criatura a evoluir dia após dia. Passado outro ano nova sessão, na Fábrica da Pólvora de Barcarena e talvez tenha sido a sessão mais difícil para o Mané. A miúda não queria. Tinha vergonha. Escondia-se. Não olhava e valeu ele ser exímio e conseguir o milagre de um álbum excecional. Hoje fizemos a quarta. Se há certezas no meu mundo, uma delas é que não quero perder estas sessões por nada, nada mesmo. E quero sempre o Mané. Ele possui uma capacidade inata de se misturar connosco. De criar pontes com a criatura minúscula que, nos primeiros anos era um grande bicho-de-mato. Mas ele conseguiu sempre, sempre. Não tem preço. Estas sessões não têm preço. E se estão aí desse lado e têm filhos, façam-no anualmente. Depois façam um álbum e contem as conquistas desse ano. Acreditem, logo, logo passa a ser o vosso maior tesouro. Se minha casa ardesse, eram os álbuns da família que o Mané fez que eu tentava salvar, depois de nós estarmos a salvo, naturalmente.

Obrigada mané, esta família gosta muito de ti.
 




 

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