Às vezes a minha mente, sem que
nada faça prever, desperta para uma imagem que me obceca. Agora, por exemplo, o
sol entra no gabinete e eu imagino que o mesmo sol esteja a bater na minha
varanda e surge-me a ideia de ir a correr para lá, para um copo de vinho branco
fresco e presunto espanhol. E desligar do mundo. Era isso o que agora queria.
Mais do que tudo. Às vezes a minha vida resume-se a um copo de vinho e
presunto. Não é triste nem redutor. É, de certa forma, a maneira que arranjo de
não desistir, ainda, de um dia sonhar com algo mais.
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