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quinta-feira, 16 de junho de 2016

Das pessoas mal dispostas

    Entrei na Padaria Portuguesa e sou atendida com um sorriso constante. A música popular portuguesa buzina aos ouvidos. Há boa disposição no ar. Parece-me que tem tudo para correr bem até que entra uma alminha mal disposta que critica a música, o café, a disposição dos bolos. Eu sorrio. Ele olha para mim e pergunta-me se me estou a rir dele. Respondo que não, que me rio da minha vida porque a dele, pelos vistos, só da para chorar. E sigo para a minha mesa a pensar que a malta anda tipo panela de pressão. Numa tristeza sem fim e que se instalou na pele. Sigo a ouvir as varinas do Tejo (música) e ainda o ouço: se as varinas fossem para um sítio que eu cá sei!

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