Entrei na Padaria Portuguesa e
sou atendida com um sorriso constante. A música popular portuguesa buzina aos
ouvidos. Há boa disposição no ar. Parece-me que tem tudo para correr bem até
que entra uma alminha mal disposta que critica a música, o café, a disposição
dos bolos. Eu sorrio. Ele olha para mim e pergunta-me se me estou a rir dele.
Respondo que não, que me rio da minha vida porque a dele, pelos vistos, só da
para chorar. E sigo para a minha mesa a pensar que a malta anda tipo panela de
pressão. Numa tristeza sem fim e que se instalou na pele. Sigo a ouvir as
varinas do Tejo (música) e ainda o ouço: se as varinas fossem para um sítio que
eu cá sei!
Sem comentários:
Enviar um comentário