Não há vez alguma que não faça um
bolo sem pensar na minha mãe. Não que ela fizesse muitos, mas quando os fazia,
havia um toque, uma magia que busco em todos os que faço sem, no entanto,
conseguir encontrar. Na verdade, ando sempre em busca de algo que ficou lá
atrás. E isso não é bom. Não faz bem. Talvez isso diga mais de mim do que todas
as restantes características. A vida é como conduzir, se olharmos sempre pelo
retrovisor podemos bater. Tento apenas ‘deitar um olho’, mas ainda não consigo.
Se ao menos a psicoterapia fosse mais barata!
A minha filha convidou a sua
amiga do peito a passar o fim-de-semana aqui em casa. Fiz o simples bolo de
natas que elas, entre o chá das bonecas e o leite da noite, deitaram abaixo. Sei
que estou a construir memórias. Sei que estou a deixar na sua mente sementes de
sabor. Só espero que sejam libertadoras.
tão bom o bolinho da mãe... infelizmente já só tenho a memória, obrigada Carla pelo que escreve, toca-me
ResponderEliminarinvariavelmente.
Obrigada. Um abraço
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