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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

a criar memórias


Não há vez alguma que não faça um bolo sem pensar na minha mãe. Não que ela fizesse muitos, mas quando os fazia, havia um toque, uma magia que busco em todos os que faço sem, no entanto, conseguir encontrar. Na verdade, ando sempre em busca de algo que ficou lá atrás. E isso não é bom. Não faz bem. Talvez isso diga mais de mim do que todas as restantes características. A vida é como conduzir, se olharmos sempre pelo retrovisor podemos bater. Tento apenas ‘deitar um olho’, mas ainda não consigo. Se ao menos a psicoterapia fosse mais barata!

A minha filha convidou a sua amiga do peito a passar o fim-de-semana aqui em casa. Fiz o simples bolo de natas que elas, entre o chá das bonecas e o leite da noite, deitaram abaixo. Sei que estou a construir memórias. Sei que estou a deixar na sua mente sementes de sabor.  Só espero que sejam libertadoras.



2 comentários:

  1. tão bom o bolinho da mãe... infelizmente já só tenho a memória, obrigada Carla pelo que escreve, toca-me
    invariavelmente.

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