Na
esplanada duas amigas almoçam. Pedem dois copos de vinho. Ouço-as a brindarem
ao amor. Não à saúde. Não à prosperidade. Ao amor. Percebo. O amor cura e o
amor alimenta. Também pode ser um devaneio, esta coisa do amor. Um devaneio é
uma dor. Um sufoco. Mas é a dor que ansiamos. O sufoco que desejamos. Olho-as.
Tem cerca de 70 anos. Quero ir para a mesa delas. Ouvi-las. Perceber como se
brinda ao amor quando o corpo pede saúde. Fico-me pelo meu prego e o meu chá.
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