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terça-feira, 29 de maio de 2012

Há os bons e depois há os outros


Já entrevistei gente conhecida e gente menos conhecida. Gente interessante e gente pouco interessante. Gente que sabe o que diz e gente que não faz a mínima ideia do que é comunicar e como tal posso, ao fim de anos e anos nesta andança, ter algo a dizer sobre saber transmitir ideias e pensamentos. E espanta-me sempre que quem seja mais disponível, mais atencioso, mais cuidadoso naquilo que é a comunicação sejam as pessoas que já nada têm a provar. Depois há umas espécies pouco raras, infelizmente, que não sendo grande coisa na sua arte julgam-se os maiores. E pouco ou nada dizem quando confrontados com uma entrevista. Ontem dei por mim a pensar nas saudades que assolam entrevistar pessoas como o Júlio Pomar, o Siza Vieira, a Aldina Duarte, o Carlos do Carmo entre outros. De quem tenho menos saudades são daqueles/as que tive uma dificuldade imensa em marcar uma entrevista, que não aceitaram fotografias, que exigiram mil coisas da nossa parte e que, ainda bem, já se esfumaçaram da minha cabeça. Há uns meninos e meninas que são da geração morangos com açúcar que não fazem a mínima ideia da grandeza que é saber comunicar, falar para o seu público, dar-se a conhecer. Não fazem a mínima ideia. E talvez por isso se esquivam e se armem em vedetas na esperança que a malta desista de os entrevistar. E por mim desistia, já.

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