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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

1-0 ganha a filha

Li tudo o que havia para ler sobre adaptação à creche. O que fazer se ela chorasse, se ela se agarrasse ao meu pescoço como uma lapa, se desatasse aos gritos... li tudo e mais um par de botas. Foi desde livros profundos e gordos a revistas como a Pais e Filhos até passar pela Happy que entre artigos sobre sexo, sado-maso e coisa que tal, lá falava dos infantários. Absorvi tudo e saí de casa certa que estaria à altura de resolver o que quer que viesse a ter pela frente para resolver. Chegamos à escolinha, meninos e meninas a chorarem nos corredores, pais de lágrimas nos olhos e eu cada vez menos confiante. Eis que chegadas à sala dela e em cima da mesa um puzzle. Minha filha aponta, dá-me um beijo e diz-me adeus e, virando-me as costas, sentou-se numa mini cadeira, que estava ao pé de uma mini mesa e eu fiquei ali de pé, cheia de sabedoria e sem precisar de utilizar nada, absolutamente nada. Fui busca-la duas horas depois e quando me viu lá me disse que esteve a brincar, que esteve com os meninos, que esteve no escorré, no balô, que viu muitas flô... e não se calou até chegar a casa.

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