Ontem ligou-me uma amiga. Uma
rapariga com quem já não falava há uns bons meses. Ligou-me para me dizer para
eu não marcar nada para dia 5 ou 12 de Julho de 2014. Leram bem, 2014. Eu
disse-lhe que nada tenho marcado para amanhã e como tal, 2014 está um deserto e
ela, muito entusiasmada, disse que num desses dias vai casar. Epah, eu podia
ter-lhe dito que o amor verdadeiro, segundo os entendidos na matéria, dura 3
aninhos, três breves anos e que depois disso é ‘passa-me o pão’, ‘hoje não
contes comigo para jantar’, ‘ olha, pagas tu o colégio?’… Não lhe poderia dizer
nada senão a moça matava-me e ela estava tão entusiasmada que a única coisa que
lhe perguntei foi se não achava que era cedo demais? Ela disse que não, que tem
a certeza que ele é o homem da vida dela e trá-lá-lá-lá. Tudo bem, desliguei o
telefone dizendo-lhe que iria marcar na minha agenda do Outlook o casamento. E
depois pensei naquele amigo do meu marido que namorava com uma moça quando
resolveu casar. Convidou os amigos todos e mais um par de botas e no dia, lá
estavam todos os amigos, mas surpresa das surpresas a noiva era outra.
Questionado disse: Nós acabamos há quinze dias e como já tinha pago 30% do
casamento era um desperdício não fazer a festa. Casou-se e sabem com quem? Com
uma prima por quem ele tinha um fetiche há largos anos. Resolvidos os fetiches
separaram-se. Para trás ficou um casamento onde tudo o que tinha o nome dos
noivos estava rasurado na parte do nome da noiva. Simples. A vida é simples e a
malta é que anda para aqui a complica-la.
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