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sábado, 8 de setembro de 2012

E contra os maus governos, com os charutos marchar, marchar


O nosso primeiro ministro veio falar ao país e eu tinha preferido que ficasse calado. Como isso não aconteceu, entendi arranjar uma boa forma de colmatar os danos que a conversa que ele teve connosco me provocou: abrir uma garrafa Dona Ermelinda tinto reserva (bom, xi bom, xi bom bom bom – como a música)e depois, na noite que inundou a minha varanda, fumar um charuto maravilho do Caribe. Esta pode muito bem ter sido a melhor descoberta no que aos charutos diz respeito: É que os charutos do Caribe são mais leves, mas igualmente deliciosos. Fiquei fanzoca. A meio do charuto já nem me lembrava do engodo que tem sido este governo. A meio do charuto até me consegui perdoar por ter votado neles. A meio do charuto fui benevolente comigo e deixei-me de maus pensamentos e pensei no que de bom a vida contém. Há serões que não sendo especialmente marcantes ou maravilhosos, são de uma serenidade que marcam. E cheguei à conclusão que aquela lua que sobre mim pairava me afagava a alma, alimentava o ócio e me beijava os sonhos. Coisinhas de caracacá, dirão, mas parece-me que nem todos poderão fechar uma semana com a chave de ouro, como eu fiz. Amanhã é outro dia, também ele importante apenas e unicamente porque espero estar viva para o viver (não, juro que não ando a tomar nada, apenas tenho andado assim, feliz)

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