Há muito que o Clint Eastwood é convidado cá de casa. Se
entra num filme, seja como ator, realizador ou produtor, venha daí mister Clint.
É mais fácil gostar do que ele faz, do que não gostar. Até porque na verdade,
nunca acontece ‘não gostar’ o que acontece é gostar menos, mas gosta-se. E é isso
que acontece com este As voltas da Vida, gosta-se pouco, mas gosta-se. O raio
do filme está repleto de clichés, parece que foi a minha tia Palmira que fez o
argumento e o meu tio Zé das Tintas que o realizou. A filha aguerrida que balança entre a sua ascensão profissional e
ajudar o pai, seco e rude, e que opta (digam lá, digam lá que eu dou um doce),
muito bem, opta por ajudar o pai. Depois, esse pai seco e rude afinal é um
sofredor e tudo o que fez foi por não saber lidar com os seus sentimentos. Oh
cutxi-cutxi. E depois blá, blá, blá a filha na busca da sua relação com o pai
apaixona-se pelo Justin Timberlake… o fim? Vá, imaginem lá… pois, fica tudo
bem. Falta dizer que o filme vive à volta de um olheiro de basebol, o
clintizinho, que de velho começa a perder
a visão e é colocado em causa no clube para onde trabalha. A filha tira umas
ferias para ir ajudar o pai no seu trabalho e
tentar, ao mesmo tempo, perceber porque o pai a deixou a viver com uns
tios e não lhe ligou durante um ano. Parece-me que é por ser parvo, mas afinal
é porque o pai vive cheio de problemas. Mas sosseguem vossos espíritos inquietos
que tudo acaba bem. Fiquei desiludida. Pronto, tem o Clint, é verdade, mas até
por causa desse facto deveria ser um pouco melhor, com menos lugares comuns.
Agora é com vocês.
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