Enquanto tomava o pequeno-almoço
deixei a televisão no programa do Dr. Phil. O drama de hoje era a aceitação de
uns pais pela homossexualidade da filha. Fico sempre espantada com este género
de drama. E fico porque, para mim, o amor nunca deveria ser um dramalhão no seio
daqueles que nos amam. Aqueles pais, e sei que os há espalhados pelo mundo
fora, colocaram tudo em causa quando a filha lhes disse que era lésbica. Tudo.
Ou seja, a miúda gosta de raparigas, que coisa do demo. Ela não estava a dizer que
adora espancar velhinhos, que odiava os professores, que sonhava em colocar
bombas na escola. O que ela dizia era que se apaixonara por uma rapariga. E foi
um drama à escala mundial, naquela família. Eu como acho que todo o ser que ame
o outro com respeito é de uma beleza quase indiscritível, fico meia muda
perante estas atitudes. É-me indiferente se esse amor é de origem heterossexual,
homossexual ou bissexual. Por mim, o amor em si, é sempre de se respeitar. Até
se me disserem que a Ciccolina amava o cavalo com quem fez espetáculos de sexo
por este mundo fora, e já agora que o cavalo gostava, tudo bem. Que sejam
felizes e podem até convidar-me para ir ao casamento que eu vou. É-me
absolutamente indiferente. Não me causa dois dedos de tristeza, angustia ou
sensação de mundo perdido. O que me mete asco são aqueles seres que em nome de
um qualquer amor, maltratam o outro, desrespeitam e deixam na valeta toda a
dignidade humana. Quando em nome de um amor, diminuem o outro que dizem amar.
De resto, quando duas pessoas
adultas se amam com respeito uma pela outra, quando juntas são mais que as
partes, é-me indiferente se se trata de dois homens, duas mulheres ou um homem
e uma mulher. E sei do que falo. Sou mãe. Tenho uma filha. E aquilo que quero,
sem precisar de pensar mas apenas sentindo é que ela seja uma menina e uma
mulher feliz.
Estou inteiramente de acordo! É o que digo sempre à minha filha!
ResponderEliminar:) no fim de tudo, o que importa é que sejam felizes, certo? beijinhos
EliminarPenso que é mesmo a nossa função maior, educar os filhos para que sejam felizes e respeitadores da vontade e da liberdade da escolha.
ResponderEliminarÉ como diz, desde que o amor e o relacionamento seja pacífico, recíproco e entre adultos, que sejam felizes.
Um beijinho
assino por baixo. o problema é que as gerações anteriores à nossa viveram numa outra realidade e por isso não têm essa abertura de espírito, sobretudo quando se trata de quem está próximo. é compreensível. mas necessário e urgente trabalhar as mentalidades.
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