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segunda-feira, 3 de novembro de 2014

porque este blogue também serve para depositar as memórias dos dias que não quero esquecer



Ela, depois de mudar de ideias umas quatro vezes provando como é uma verdadeira mulherzinha, quis um bolo arco-íris. Anda encantada com as suas cores. Gosto de fazer os bolos de aniversário dela. Fiquem tortos, feios, estranhos, sei que são feitos com muito amor. Isto pode parecer-lhes uma coisa muito kitsch, mas a verdade é que ainda hoje tenho na memória os bolos caseiros que a minha mãe fazia para os meus aniversários. Na medida em que ia ficando mais velha, ela ia-me dando uma maior responsabilidade na sua feitura. Faço o mesmo com a Maria. Ela gosta de deitar a farinha, de partir os ovos e desta vez até já pôde barra-lo um pouco. Por isso, o bolo foi de chocolate (porque ela gosta) e feito segundo a sua vontade: um arco-íris. E depois foi vê-la feliz da vida a abrir o frigorífico para o espreitar umas mil vezes antes de o colocar na mesa.

E para não me esquecer, neste ano ela conquistou as seguintes vitórias:

 - Disse adeus à chucha (num processo muito difícil);

 - Vai para a escola sem  fazer fitas (coisa nunca antes conseguida)

 - Come sozinha

 - Gosta de se vestir sozinha

 - Calça-se sozinha

 - Gosta de cinema ( a quem sairá?)

 - Gosta de inventar histórias nos seus livros (também não sei a quem sairá)

 - Avança sem medos para comidas menos convencionais

 - Diz que me ama diariamente e dá beijos e abraços sem fim, num afeto que me enche as medidas

 - Adora aviões e espero a hora para a levar numa viagem

 - Fala muito bem e utiliza de forma correta, palavras mais elaboradas

 - Tem imenso sentido de humor

 - Acorda sempre a cantar.


No seu primeiro dia com 4 anos
 
Agora vou ali, a Amesterdão, mas deixo o meu coração aqui, com ela.

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